Diferenças entre peixes de água doce e salgada – Parte 2/2

Diferenças entre peixes de água doce e salgada – Parte 2/2

Semana passada, nós da Escola de Aquário conversamos sobre as diferenças entre peixes de água doce e salgada, dando espaço aos peixes de água doce. Agora, vamos explicar sobre as principais características dos peixes de água salgada, em mais um artigo recheado de informações para você.

Como dissemos em nosso primeiro artigo – que você pode ler clicando aqui – conhecer as diferenças entre peixes de água doce e salgada é muito importante para a vida de todo aquarista.

Peixes de água salgada

A primeira característica que salta aos olhos em relação aos peixes de água salgada é que eles são mais coloridos e vistosos. Historicamente, eles possuem fama de serem mais bonitos do que os peixes de água doce, isso devido ao tipo de escamas que os peixes marinhos possuem.

Nos animais de água salgada, a luz reflete nas escamas de forma diferente, por isso eles possuem cores mais chamativas, essa fama de beleza se estende também a outros organismos do ambiente aquático marinho, tais como corais e invertebrados.

Diferenças entre peixes de água doce e salgada – Parte 2/2
A diferença na escama fica evidente ao compararmos um peixe Flame Angel (à esquerda) e um peixe Ramirezi (à direita).

Se por um lado a estética é importante – principalmente para quem possui um aquário como elemento de decoração – por outro, ela tem um custo um pouco maior. Os peixes de água salgada possuem diversas formas e tamanho, assim é possível iniciar no aquarismo com pequenos aquários, a partir de 120 litros.

Já aquários menores são indicados para aquaristas mais experientes, devido a manutenção mais detalhada e cuidados (pois os parâmetros podem se alterar de forma rápida).

Você não precisa ter anos de experiência em aquarismo de água doce para iniciar no marinho. A principal diferença está em adquirir conhecimento da maneira correta. Aqui na Escola de Aquário, possuímos cursos específicos para Aquário de Água Salgada. Basta clicar neste link.

Nele você aprende de forma fácil e rápida, desde o básico, o que é um aquário marinho, quais os equipamentos necessários, como preparar a água, ciclar o aquário, como escolher peixes e o principal: como manter um aquário saudável por muitos anos, e assim evitar a tristeza que é perder peixes e corais de forma desnecessária no aquário.

Principais características do ambiente marinho

Na primeira parte deste artigo, que você encontra aqui, mostramos as características do aquário de água doce e como podemos classificar os peixes e outros animais para facilitar a didática e saber quem eu posso colocar com quem. Pois existem diversos fatores que limitam o convívio, ou seja, nem todos os peixes podem viver juntos.

Mas e no aquário de água salgada, como podemos classificar?

Quando o aquarismo marinho começou a ganhar fama (década de 80 e 90), praticamente só existiam peixes nos aquários, isso porque não se tinha conhecimento para manter corais e invertebrados no aquário por longos períodos.

Diferenças entre peixes de água doce e salgada – Parte 2/2
Um aquário marinho de antigamente.

Mas com o avanço da tecnologia, principalmente o da Internet, possibilitou-se uma troca de experiências entre aquaristas e um aumento no desejo por replicar o ambiente marinho por completo em seu aquário.

Desta forma, surgiram novas empresas e pesquisas que conseguiram ampliar as opções para o aquarista criar peixes, corais, invertebrados, moluscos e muito mais.

Nos dias atuais, podemos classificar os peixes basicamente em: Reef Safe (seguro para corais) e Não Reef Safe (peixes que comem corais). Alguns peixes ainda se encaixam em Reef Safe com cautela, pois podem comer alguns grupos de corais, mas que via de regra quando bem alimentados não apresentam risco.

Porém, os Corais ganharam grande interesse e respeito entre os aquaristas. Em função disso, também podemos classificar um aquário com os tipos de corais que possuem nele.

A Red Sea, marca mundialmente utilizada por aquaristas, utiliza uma classificação muito simples e fácil que você pode observar logo abaixo.

Se você quer aprender mais sobre corais é só acessar nossos artigos abaixo:

– 5 Corais Soft marinhos baratos para iniciantes
– 5 Corais Marinhos baratos LPS (para iniciantes)
– 5 Corais Marinhos baratos SPS (para iniciantes)

Agora vamos às principais características dos peixes marinhos.

Peixes de água salgada bebem água?

Ao contrário dos peixes de água doce, os de água salgada possuem um Sistema Fisiológico onde eles bebem água. Veja na super explicativa imagem que o pessoal da AquaA3 em seu artigo “Peixes bebem água?” desenvolveu para ilustrar melhor como esse sistema funciona:

Peixes marinhos possuem menos sal no sangue em comparação a água salgada, isso faz com que eles percam líquido (por osmose) para a água salgada constantemente pelas Brânquias e Pele. E a urina deles é mais concentrada, visto que eles já perdem muito líquido naturalmente. Seu rim é menos desenvolvido.

Para equilibrar essa perda, eles precisam “beber água”. Outra forma de recuperarem essa água perdida vem de alimentos, então lembre sempre de fornecer além de ração, alimentos como artêmias, náuplios de artemia(Yepistis) copépodes, anfípodes (Live Feeds) e muitos mais.

Hoje em dia você encontra opções de alimentos não convencionais facilmente na Aquarius Hobby, para conhecer a loja é só acessar este link.

Fazendo um resumo, caso um peixe de água doce entre na água salgada ele vai desidratar rapidamente pois seu sistema fisiológico foi desenvolvido para eliminar líquidos constantemente. Já o peixe marinho se estiver em um aquário dulcícola vai absorver muita água e inchar pois seu sistema é feito para reter o máximo de líquidos possível.

Vamos deixar aqui embaixo um infográfico para ilustrar:

Diferenças entre peixes de água doce e salgada – Parte 2/2

Existem algumas espécies de peixes que possuem a capacidade de viver nos dois ambientes, mas são poucos e normalmente vai ser em uma determinada época da vida (exemplo: Salmão).

Também podemos utilizar a hiper ou hipo salinidade como tratamento em casos de parasitoses ou profilaxia (prevenção), mas com cautela.

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