Principais testes para aquário marinho

Principais testes para aquário marinho

No artigo desta semana do Blog Escola de Aquário, vamos conversar sobre um dos principais fatores a se considerar em um aquário marinho: os testes. Falaremos sobre a importância de cada um deles, levando a você, amigo(a) aquarista, muita informação.

Leia também:
Como montar um aquário marinho – Parte 1/2
Como montar um aquário marinho – Parte 2/2

Em um aquário marinho podemos realizar diversos testes, tais como:

Temperatura
Densidade (Salinidade)
pH
Amônia
Nitrito
Nitrato
Reserva alcalina (Alcalinidade)
Cálcio
Magnésio
Fosfato
Iodo
Molybdenum
Estrôncio
Ferro
Potássio

Mas calma, eu sei que são muitos testes e geralmente, não medimos todos. Então quais são os fundamentais para um aquário de corais saudável?

Os três principais testes

Para um aquário marinho reef, os 3 principais testes são: cálcio (Ca), magnésio (Mg) e reserva alcalina – alcalinidade (KH). Estes três componentes são responsáveis por cerca de 80% de toda a nutrição dos seus corais.

Outros testes, tais como os de pH, nitrito, amônia, nitrato e fosfato são importantes, mas se pensarmos no desenvolvimento (esqueleto gênese) dos corais, eles têm menor importância.

Regularidade é tudo

Para aquários novos, os testes devem ser feitos ao menos uma vez por semana. Já aquários maturados podem receber testes a cada 15 dias (duas vezes por mês). Tudo vai depender de como anda o equilíbrio do aquário.

Esses nutrientes são consumidos pelos corais, ciclo do nitrogênio, algas calcárias e peixes, invertebrados e moluscos, desta forma devem ser repostos diariamente, conforme são consumidos. E vamos descobrir o quanto devemos repor, realizando os testes para saber o Potencial de Consumo do sistema (o quanto está diminuindo a cada semana).

Colocando de uma forma mais simples, é como se falássemos quantas calorias uma pessoa adulta deve ingerir por dia, em torno de 2000 calorias, já no aquário não conseguimos saber ao certo pois cada sistema tem uma determinada concentração de animais, que influencia em repor mais ou menos nutrientes.

Outro ponto importante é que os corais e peixes crescem diariamente, o que causa um aumento no consumo, sendo assim, o hábito de realizar testes, deve perdurar enquanto tivermos o aquário ativo.

Densidade da água

Recomendamos também que você realize testes de densidade (salinidade) da água. Para tanto, basta utilizar um densímetro ou um refratômetro, utensílios simples de utilizar e que mostram se a água do aquário está na concentração de sal apropriada, ou se é necessário repor uma água mais densa ou menos densa.

Não se esqueça de manter a temperatura do aquário entre 26 e 27 oC para não estressar os corais.

A importância de cada um dos testes

Cálcio

Encontrado nos oceanos na faixa de 410ppm (ou seja, menos de 0,5 gramas por litro de água), o cálcio age como um controlador das trocas de substâncias entre a água e as guelras. Na medida certa, o cálcio evita que os peixes percam íons importantes. Mas não somente peixes necessitam de cálcio: corais, crustáceos, conchas, plantas e bactérias úteis ao aquário também necessitam de cálcio.

Para repor o cálcio que precipita e é consumido em um aquário marinho, você pode utilizar um reator de cálcio ou um sistema Balling. Outra opção – mais cara, diga-se de passagem – é utilizar TPAs regulares ao menos uma vez por semana de cerca de 20% a 25% do volume do aquário com sal de boa qualidade para manter os parâmetros estáveis, mas conforme os corais vão se desenvolvendo e aumentando o consumo, a necessidade de colocar nutrientes tanto por reator, quanto por Balling se torna quase que inevitável.

O recomendado é que o nível de cálcio em um aquário marinho só de peixes deve estar entre 390 ppm e 410 ppm, um aquário de corais deve ficar entre 410 ppm e 450 ppm.

Magnésio

Um dos compostos presentes em maior quantidade na água salgada, o magnésio reduz a precipitação da reserva alcalina e do cálcio. Além disso, é fundamental na osmorregulação dos organismos aquáticos e em suas funções biológicas. Já para corais e plantas, o magnésio é um importante elemento no processo da fotossíntese, seja na formação de clorofila, sintetização de proteínas ou na transferência de energia.

O magnésio impacta diretamente nos crustáceos também, animais dependentes dos níveis desse elemento na água, uma vez que seus exoesqueletos são compostos em parte com esse composto.

Dentre as formas de repor magnésio, você pode utilizar um reator de cálcio com mídias contendo magnésio, ou com compostos usados no sistema Balling. Em alguns casos, apenas realizar TPAs com sal de boa qualidade já repõe o necessário.
Os níveis devem ficar em torno de 1280 ppm até 1390 ppm.

Reserva alcalina

Para um aquário marinho, a reserva alcalina é geralmente medida em dKH (graus em carbonato em alemão). Recomendamos que a reserva alcalina esteja entre 7 e 11 dKH, ressaltando que 1 dKH equivale a aproximadamente 17,88 ppm de carbonatos.

A reserva alcalina é a capacidade de a água tamponar as variações de pH, mantendo a estabilidade do sistema. Além disso, é usada para composição corpórea por alguns animais, tendo a calcificação como principal característica da reserva alcalina. Algas pink, corais, moluscos, crustáceos e outros animais utilizam os carbonatos para a formação de suas estruturas corporais como conchas, pólipos e carapaças.

Este é o nutriente mais consumido no aquário, então você vai perceber que a quantidade introduzida no sistema vai ser a maior.

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